Tireoide e Paratireoide

Duas partes do corpo localizadas bem próximas e com um nome parecido. Não é incomum ter dúvidas sobre a diferença entre as glândulas tireoide e paratireoide.

TIREOIDE

A glândula tireoide é dita como grande “maestra” do metabolismo humano. Responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, este órgão é frequentemente acometido por desordens nodulares, autoimune ou inflamatórias.  Com o avanço dos exames diagnósticos, testes moleculares e terapias medicamentosas ou eco guiadas, a indicação cirúrgica tem se restringido ou tornado menos mórbida.

Cirurgia aberta ou convencional

A cirurgia realizada desde o final do século XIX por Theodor Kocher, foi amplamente difundida e utilizada até os dias de hoje, em todo o mundo. Novas tecnologias, como a Neuromonitorização Intraoperatória e meios de energia avançada, amplificaram a segurança do procedimento e otimizaram os resultados. Este procedimento demanda anestesia geral e uma incisão no pescoço de aproximadamente 5cm. O uso de dreno é selecionado, de acordo com os casos. Complicações como hipoparatireoidismo, disfonia (rouquidão) e hematomas podem ocorrer.

Cirurgia laparoscópica

Angkoon Anuwong, renomado cirurgião tailandês, modificou e implementou a técnica minimamente invasiva transvestibular (TOETVA) em 2015, hoje realizada em todo o mundo. Este acesso permite a realização da cirurgia sem cicatrizes, a partir de 3 furos na parte interna do lábio inferior, com a mesma segurança e eficácia que a cirurgia aberta, conforme os recentes estudos têm demonstrado. Critérios de seleção devem ser respeitados, a partir de parâmetros envolvendo o paciente e a patologia de base. Até o momento, destaca-se a estética como principal vantagem sobre a cirurgia aberta.

Paratireoide

As glândulas paratireoides são responsáveis por regular o nível de cálcio no sangue, a partir da secreção hormonal do paratormônio. Estão localizadas junto à tireoide, em sua face posterior. Algumas doenças podem ser originadas primariamente, como neoplasias benignas e malignas, ou a partir das disfunções de outros órgãos, como na insuficiência renal crônica. Não infrequente, podem ser acometidas em caráter temporário ou permanente, durante a realização da cirurgia da tireoide.

Cirurgia aberta ou convencional

Neste procedimento, utilizamos o ultrassom para identificar e marcar a glândula adoecida, viabilizando uma incisão menor e mais precisa. Quando necessário abordar todas as paratireoides, realiza-se o corte de aproximadamente 5cm na parte baixa do pescoço.

Cirurgia laparoscópica

Angkoon Anuwong, renomado cirurgião tailandês, modificou e implementou a técnica minimamente invasiva para tireoidectomia transvestibular (TOETVA) em 2015, hoje realizada em todo o mundo. O mesmo pode ser realizado para operar um ou mais paratireoides (TOEPVA). Este acesso permite a realização da cirurgia sem cicatrizes, a partir de 3 furos na parte interna do lábio inferior, com a mesma segurança e eficácia que a cirurgia aberta, conforme os recentes estudos têm demonstrado. Critérios de seleção devem ser respeitados, a partir de parâmetros envolvendo o paciente e a patologia de base. Até o momento, destaca-se a estética como principal vantagem sobre a cirurgia aberta.