A definição de hérnia ventral complexa vem sendo discutida nos congressos e diretrizes. O que sabemos, é que se trata de uma condição desafiadora para o paciente, e no que se diz respeito ao seu tratamento cirúrgico.
Em geral, por apresentarem grandes orifícios herniário, não estrangulam ou encarceram, mas podem gerar a saída das vísceras para o saco herniário, o que chamamos de perda de domicilio. Desconforto local, alterações gastrointestinais e ulcerações da pele, a depender do tamanho e conteúdo herniário, são possíveis sintomas.
O diagnóstico em geral é clínico, porém a tomografia de abdome é considerada essencial para uma avaliação precisa de toda a parede e cavidade abdominal, com aferições e cálculos que auxiliam no planejamento cirúrgico.
Nestes casos as cirurgias convencionais com corte são geralmente utilizadas. Técnicas avançadas, como separações de componentes, onde alguns músculos são seccionados e desconectados da parede, viabilizando o fechamento do orifício herniário. A resseção da cicatriz prévia, tecido desvitalizado, fibroses também são contemplados.
Embora a cirurgia robótica possa oferecer vantagens, como evitar grandes incisões e reduzir o risco de complicações, é importante ressaltar que esses procedimentos são considerados de alta complexidade e podem necessitar de conversão para a cirurgia convencional. Ainda assim, a cirurgia robótica tem mostrado resultados promissores nesses casos.
A cirurgia robótica tem se tornado cada vez mais popular no auxílio ao reparo de hérnias abdominais, devido às limitações da técnica laparoscópica. Afinal, o uso do robô permite movimentos e procedimentos cirúrgicos mais complexos, como dissecção e sutura.
A abordagem robótica segue os mesmos princípios da minimamente invasiva, com pequenas incisões, o que resulta em menor tempo de internação hospitalar e uma recuperação pós-operatória mais rápida. No entanto, é importante destacar que o robô é controlado pelo cirurgião, que é quem determina e executa os movimentos necessários.